

'Estamos lutando ferozmente pela democracia' nos Estados Unidos, diz De Niro em Cannes
O lendário ator de Hollywood Robert de Niro, um crítico ferrenho do presidente americano, Donald Trump, disse, nesta terça-feira (13), que nos Estados Unidos "estamos lutando ferozmente pela democracia, que sempre demos como certa", em discurso na cerimônia de abertura do Festival de Cannes.
"A arte é inclusiva, une as pessoas, como nesta noite, a arte busca a liberdade, a arte inclui a diversidade e por isso a arte está ameaçada! Por isso somos uma ameaça para os autocratas e os fascistas deste mundo", disse o ator, de 81 anos, ao receber a Palma de Ouro honorária por sua carreira prolífica.
De Niro chamou Trump de "inculto presidente americano" e o criticou por cortar fundos de vários setores culturais.
"Agora, anuncia tarifas alfandegárias de 100% para filmes produzidos fora dos Estados Unidos", prosseguiu o ator. "Isto é inaceitável (...) E não é só um problema americano, é um problema mundial".
O protagonista de "Taxi Driver - Motorista de Táxi", duas vezes ganhador do Oscar, é uma das vozes mais críticas no mundo do cinema ao presidente republicano e o insultou em várias ocasiões.
Em Cannes, Leonardo DiCaprio foi o encarregado de lhe entregar o prêmio honorário.
"Tenho a grande honra de estar aqui (...) para prestar homenagem a alguém que, para toda uma geração de atores, foi um modelo a seguir, nosso ídolo: Robert de Niro", disse DiCaprio.
Os dois astros atuaram juntos em vários filmes, como em "Despertar de um Homem", filme de 1993 dirigido por Michael Caton-Jones, e "As Filhas de Marvin", produção de 1996 de Jerry Zaks.
Em 2023, os dois apresentaram juntos em Cannes o filme "Assassinos da Lua das Flores", de Martin Scorsese.
B.Kekoa--HStB